Ditadura e Democracia na América Latina

O/a docente apresenta o tema de discussão: "Democracia e Ditaduras na América Latina", explicitando os objetivos e fazendo uma breve contextualização. Nesse momento é preciso traçar o momento histórico em que as ditaduras são instaladas na região, por isso noções de política externa, como a Guerra Fria, bem como internas como as politicas desenvolvimentistas e nacionalistas devem ser abordadas. Um conceito inicial de Democracia deve ser resgatado, abordando sobretudo o significado da palavra e como ele se relaciona com imagem que cada um/uma da classe.

A seguir é pedido para que cada estudante faça no seu caderno uma reflexão de no máximo 30 linhas sobre o que ele acha da ideia de um governo militar no Brasil e que justifique essa sua argumentação. Também deverá responder o que ele entende por Democracia. Depois de elaboradas as duas respostas no caderno faz-se-á uma toda de discussão com os apontamentos produzidos pelo grupo, tendo no/na docente uma figura que busque questionar as constatações, fazendo-os retornar ao texto.

Espera-se que alguns pontos sejam levantados pontos que falem sobre o crescimento econômico, segurança e honestidade. É preciso que o/a docentes esteja preparado/a para criticar essa imagens cristalizadas a partir de dados qualitativos.

Para prosseguimento das discussões, cabe apresentar alguns conceitos à classe, assim caberá ao/á docente expor o conceito de democracia e de ditadura, trabalhando as limitações que essa definição possui. Num segundo momento da aula expositiva, com ajuda de recurso audiovisual, apresentando fotos e imagens das manchetes de jornal, mostrar os momentos que levam Brasil, Chile e Argentina aos momentos ditatoriais. A escolha pelos três países deve-se a uma brevidade de tempo, mas também por similaridades . Nesta exposição também são colocadas as principais causas que a historiografia identifica para os Golpes de Estado. É importante que na explanação se demonstre como estavam os três Estados antes do Golpe e de que forma essas sociedades foram abaladas. As fotos da ocupação do Rio de Janeiro por tanques, o bombardeio a La Moneda e as movimentações em Buenos Aires devem aparecer. Já trabalhando com fontes primárias, os jornais do dia seguintes aos Golpes e o áudio de Auro Mora Andrade declarando vago o cargo de presidente da República no Brasil e o último discurso de Allende podem ser executados em sala de aula.

Leitura crítica da Declaração Universal dos Direitos Humanos, destacando alguns dos seus pontos Nessa atividade, cada grupo de estudantes receberá uma fotocópia dos trechos selecionados. Em seguida abrir para a discussão com a sala de como esses direitos são respeitados ou mesmo criticados na atualidade e no caso de um regime de exceção.

Cinco pontos merecem atenção nessa leitura e discussão do trabalho com o texto:

1 - Ideia de propriedade privada.

2 - Direito à defesa.

3 - Liberdade de expressão.

4 - Proteção à pessoa e tortura

5 - Historicidade do documento.

Pesquisar falas de apoio e de crítica à Ditadura Militar no Brasil. A/o docente realizará uma atividade de casa, só que sua pesquisa deverá ser com os casos chilenos e argentinos. Essa seria uma ideia de que todos vão construir juntos o conhecimento.

Na última aula do bloco, a partir das pesquisas realizadas por estudantes e docente, coloca-se em embate as memórias positivas e negativas sobre os regimes ditatoriais. A ideia seria compor um bloco com memórias positivas ao regime e memórias negativas. Há que se ponderar duas situações. Para alunos e alunas de EJA, vídeos legendados tendem a ser de pior compreensão. Poder-se-ia utilizar alguns trechos do documentário "Uma operação chamada Condor", mas para isso há que se adaptar o tempo de leitura das legendas. Para que a contraposição possa ser percebida em língua portuguesa, memórias de personagens brasileiros. O ponto fundamental é como os dois polos se enxergam enquanto constituidores desse passado. Cabe também mostrar imagens de violências cometidas pelos regimes e o uso do futebol nesse processo. Não podemos deixar de lado que como discurso horizontal, o esporte acaba contribuindo no processo de pertencimento diante das violações de direitos humanos. O documentário "Futebol nos Tempos da Ditadura" pode auxiliar nesse exercício.