CULTURA INDÍGENA; RUPTURAS, PERMANÊNCIAS E COMO SÃO VISTOS PELA SOCIEDADE ATUAL

Objetivos

O presente trabalho, visa apresentar uma nova visão referente a população indígena para os alunos do 9º ano do ensino fundamental, propondo-lhes novas reflexões e questionamentos sobre os povos nativos brasileiros e da América Latina.

O indígena geralmente é visto como uma cultura totalmente fora de nossa realidade, uma cultura isolada e que até nos dias atuais continua vivendo de forma isolada e sem contato com as novas tecnologias, conhecimento político e de civilização.

Contudo, a população e cultura indígena vai muito além disso. Não podemos considerar índio como uma parcela atrasada da população e que vive isoladamente. O indígena não é somente aquele grupo que vive nas matas e usa cocar. Claro que temos ainda muitos grupos que preferiram o isolamento e outros que ainda o mantêm por desconhecer nosso “mundo”, mas, devemos lembrar que a cultura indígena é muito mais diversificada que muitos imaginam. Mostraremos também que a visão de “atraso” tecnológico dos povos indígenas é totalmente equivocada, pois ao longo da América Latina temos exemplos de civilizações indígenas altamente avançadas em termos tecnológicos, principalmente na época da chegada dos europeus.

Hoje em dia, temos uma parcela considerável de indígenas que vivem no meio urbano, tendo acesso a tecnologia atual, cultura e todas as outras coisas oferecidas pelas grandes metrópoles. E será que por isso essa pessoa deixa de ser índio?

Ao depararem com indígenas utilizando celular, falando português e usando roupas como as nossas, de imediato os alunos já vem com aquele questionamento “mas ai esse não é índio mais né professor? ”

Nosso principal objetivo será fazer os alunos compreenderem o conceito de índio. E entender que tal cultura ou etnia não precisa ser igual aquela encontrada pelos portugueses ou espanhóis a mais de 500 anos para ser considerado indígena, pois, todas as culturas do mundo sofreram evoluções com o passar dos anos e com os povos indígenas não foi diferente. Dessa maneira pretendemos que os alunos compreendam melhor o índio como sujeito ativo no processo histórico, e não mais um povo que vive passivamente assistindo as coisas acontecerem a sua volta.

Assim, pretendemos demonstrar para os alunos a grande diversidade e diferença entre as várias culturas indígenas na América Latina. Para realização estamos considerando que teremos duas aulas seguidas de 50 min. cada.