A Coordenadora da ONHB, Cristina Meneguello, e a professora Laila, durante a defesa do mestrado, na UERJ
Inspirada na Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), a professora do Rio de Janeiro Laira de Azevedo Pinheiro, de 32 anos, criou um método de avaliação para alunos do Ensino Médio com objetivo de ressignificar o ensino de História em sala de aula.
A proposta foi objeto de pesquisa do mestrado da docente defendido em dezembro na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), por meio Programa de Mestrado Profissional em História (PROFHISTÓRIA).
Laira conheceu a ONHB na primeira edição, em 2009, e já orientou até 20 equipes simultaneamente. Empolgada com a experiência e com a proposta apresentada pela Olimpíada, passou a incentivar a participação das escolas onde trabalha.
“Como precisávamos limitar o número de equipes por escola, passei a convidar os alunos que não gostavam de História ou tinham rendimento ruim. Foi então que percebi significativa melhora e que o problema não era a disciplina, mas sim, a metodologia. Isso mudou a minha prática docente”, explica.
Ao observar o bom resultado com seus alunos, a professora passou a aplicar uma prova objetiva sem respostas erradas, mas com alternativas mais completas como é proposto na Olimpíada. Em sua metodologia, as alternativas valem de 0,1 a 1 ponto e a prova também se apoia em recursos como mapas, fotografias, músicas, textos entre outras referências que ajudam o aluno a refletir sobre a questão.
“Neste modelo, consigo não apenas avaliar se o aluno absorveu o conteúdo apresentado pelo professor, mas também se as aulas estão claras e se as questões bem elaboradas”, afirma.
Segundo ela, a metodologia desenvolvida deve ser uma das várias formas de avaliação dos estudantes. “A prova deixa de ser o momento de punição ou imposição da escola que exige do aluno conhecimento ou datas decoradas. Pelo contrário, o estudante se depara com questões a partir da sua realidade e isso é transformador.”
Nas escolas onde atua, a professora já aplica a sua metodologia como parte das avaliações dos alunos, mas explica que essas atividades não têm a proposta de substituir os sistemas tradicionais já determinados nas unidades. “Eu utilizo esse mesmo método em atividades para casa, em sala de aula e até mesmo sugiro que os alunos elaborem questões”, explica.
Diferente da ONHB onde a prova apresenta questões que nem sempre já foram apresentadas em sala de aula, Laira explica que sua metodologia tem como princípio avaliar o conhecimento do aluno com base no que foi apresentado pelo professor.
Como parte do seu mestrado, a professora desenvolveu um Guia Prático para que outros docentes possam aplicar a metodologia nas escolas que será disponibilizado em breve aqui no site.
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Com informações: Assessoria de Imprensa ONHB
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