Evento com professores revela diversos caminhos criados pela ONHB para o ensino de história

De volta à lista

Em 07/07/23, por Assessoria de Imprensa15ª ONHB

A primeira edição do Encontro Nacional de Professores Orientadores (ENPOda Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) revelou como o projeto que, em 2023 está na 15ª edição, tem criado novos e diferentes caminhos para o ensino de História em sala de aula para além do período da realização da fases.

Professores e ex-participantes da ONHB compartilharam relatos que vão desde o estímulo à pesquisa científica até novas metodologias de avaliação adotadas pelas escolas. 

O ENPO foi realizado em quatro dias: em 26 e 27 de junho de forma online e em 27 e 28 em formato presencial, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Quase 100 apresentações foram feitas por professores e ex-participantes de 14 estados do país. 

A proposta do evento foi promover um espaço para que professores orientadores de equipes e ex-participantes pudessem compartilhar suas experiências em sala de aula e os resultados obtidos com a participação da ONHB

Para a professora Manuela Arruda dos Santos Nunes da Silva, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMS), que participou da mesa junto com outros três docentes, o evento foi uma oportunidade para visualizar o que está realmente sendo produzido e os frutos colhidos com o projeto. 

A professora hoje é doutoranda pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e seu projeto surgiu como um desdobramento da tarefa da ONHB de 2019, o “Excluídos da História”. O exercício propôs às equipes realizarem pesquisas sobre personagens relevantes para suas regiões e que nem sempre estão nos livros didáticos. 

Silva pesquisa sobre Teresa de Benguela – líder quilombola que foi estudada pelas suas equipes -  após constatar a falta de textos historiográficos sobre ela. Em sua apresentação no ENPO, ela ressaltou a importância da ONHB para o estímulo à pesquisa científica. 

“A ONHB quebra uma falsa dicotomia entre pesquisa, ensino e extensão na educação básica. A tarefa da quinta fase, por exemplo, é um trabalho de pesquisa, o que permite que muitos estudantes cheguem ao ensino superior já qualificados. Tenho relatos de ex-alunos que conseguiram bolsa de Iniciação Científica já no primeiro semestre da graduação”, afirmou.

Adinagruber da Conceição Lima, professora da rede estadual do Sergipe, estará na final da 15ª edição, em agosto, pela primeira vez. Estimulada pela ONHB, hoje ela é mestranda e tem como tema do seu projeto de pesquisa a Olimpíada de História.

“A ONHB estimula os professores a estudarem, por causa da metodologia que utiliza. Agora, durante o ENPO foi possível também conhecer como outros professores trabalham a metodologia da Olimpíada  em sala de aula”, disse. 

Raimundo Inácio Souza Araújo, professor do colégio universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), é veterano na ONHB e compartilhou como a Olimpíada, em diferentes níveis, é capaz de impactar o ensino em sala de aula.

“A ONHB se estende por todo ano, seja aplicando a sua metodologia nas avaliações, na formação de professores ou no peso que tem na formação dos estudantes.”

No ENPO, os professores mais experientes compartilharam suas vivências na ONHB e como tem sido o processo de criar uma cultura de participação na Olimpíada nas escolas.

O professor Herbert Bonomastro, do Colégio Ábaco, de São Bernardo do Campo-SP, afirmou que sua escola tem começado um “projeto olímpico” e que as experiências poderão ajudá-los neste processo. 

“Foi importante esta troca para conseguir levar a ONHB para a minha escola, não apenas como uma competição, mas como parte do processo de ensino. Saio daqui com a cabeça fervilhando de ideias e revendo todo o planejamento de 2024”, disse. 

Para Favianni da Silva, professor do Amazonas, o ENPO foi uma oportunidade não apenas para trocar experiências, mas também para reunir os conhecimentos produzidos a partir da ONHB.

“O evento tem sido muito importante para conhecer as experiências e os diversos caminhos que surgem a partir da Olimpíada. Essa troca de informações serve como guia, para professores que estão com dificuldade de encontrar um caminho nas escolas, como implementar o projeto, por exemplo”, disse.

Para a coordenadora da ONHB e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, Cristina Meneguello, o ENPO foi uma importante oportunidade para que essas trocas acontecessem e serviu para que a própria coordenação pudesse compreender a dimensão do projeto.

“Os relatos foram muito ricos e com eles conhecemos um pouco dos desdobramentos da ONHB nas escolas. Essas informações nos inspiram e nos ajudam a entender os rumos do projeto”.

Minicursos também fizeram parte da programação do ENPO

O ENPO também ofereceu minicursos: o primeiro, na segunda-feira (26/6), teve como tema “Não há ciência sem divulgação, nem divulgação sem história: dos panfletos à Inteligência Artificial (IA)”, ministrado pelo professor da Unicamp Peter Alexander Bleinroth Schulz.

Na terça, o minicurso online “Por uma história da arte antirracista” foi conduzido pelo professor  Kleber Antonio de Oliveira Amâncio, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Nos dias de evento presencial, houve mesa-redonda sobre “Popularização da Ciência e acesso ao Ensino Superior”, com José Alves Freitas Neto, coordenador da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest). A mesa também teve participação de Meneguello.

O último dia de evento contou com a mesa “Literatura e História: Conexões (im)possíveis”, com Gabriela Pratavieira, que faz parte da equipe da ONHB

 

Assessoria de Imprensa ONHB

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Professores e professoras durante evento presencial

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